quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

1.2.5 NOVOS MODELOS DIDÁTICOS


1.2.5 Novos modelos didáticos
Há um movimento crescente em defesa de uma educação ética e de alta qualidade na biologia, na medicina humana e na medicina veterinária (TRÉZ, 2009).
Nesta nova tradição de ensino, os estudantes aprendem através de uma combinação de diversos métodos, como modelos anatômicos artificiais, simulações computadorizadas, autoexperimentação e experimentação entre colegas (TRÉZ, 2009).
Quando a experiência direta com animais torna-se necessária, os estudantes observam então animais vivos, intervêm positivamente em animais doentes e utilizam os corpos daqueles que tiveram morte natural (TRÉZ, 2009).
            Nas universidades de diversos países, existe um programa educativo de recepção de cadáveres de animais mortos por causas naturais para estudos, sobretudo para o curso de medicina veterinária; os donos destes animais sabem que a sua doação evitará sacrifícios de animais sadios para os experimentos, e profissionais mais sensíveis são preparados, posto que os estudantes sabem que estão conduzindo experimentação em animais que tiveram donos que se preocupavam com eles, ao invés de utilizar animais oriundos de biotérios, centros de controle de zoonoses ou abrigos, que tratam os animais sob a sua custódia como mercadorias descartáveis (KIGHT, 2002).
Já os estudantes de medicina não necessitam treinar técnicas cirúrgicas em animais, posto que não operarão animais na sua carreira futura, seja qual for a especialização escolhida; para eles, os melhores recursos substitutivos para tais práticas são o acompanhamento de cirurgias humanas em clínicas e hospitais, primeiramente com observação e posteriormente com estágios em intervenções simples criteriosamente supervisionadas por cirurgiões experientes, avançando em seguida para intervenções sucessivamente mais complexas. Assim é o aprendizado de cirurgia em muitos países, como Estados Unidos e Inglaterra (TRÉZ, 2009).
Segundo Jane Smith, do Departamento de Ciência e Ética Biomédica da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, de acordo com os termos da lei de 1986, animais vivos não podem ser utilizados por cirurgiões ou outros para aprender ou aperfeiçoar as suas técnicas. Estudantes de medicina e veterinária devem aprender cirurgia através do aprendizado, trabalhando sob supervisão em pacientes (humanos ou animais, dependendo do caso) que necessitem de tais procedimentos. O Prof. David B. Morton, seu colega, sentencia, por fim: “todos os cirurgiões britânicos aprendem cirurgia sem a utilização de animais vivos” (TRÉZ, 2009).

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